O mercado de migração para a nuvem caminha para um processo de amadurecimento das suas estratégias, com mais negócios refletindo sobre a importância e os desafios de um investimento tão necessário. 

À medida que a inteligência artificial se estabelece, demandando uma infraestrutura escalável e flexível para treinar e executar seus  modelos complexos; e ao passo que a sociedade exige um funcionamento cada vez mais ágil das empresas, a nuvem se torna uma alternativa imprescindível para viabilizar esses processos. 

Afinal, com essa tecnologia as organizações crescem, mas não precisam abrir mão do controle das suas operações ou da segurança de seus ativos.

Como resposta a esse contexto, o Gartner prevê que o segmento de serviços cloud irá atingir o marco de US$ 679 bilhões ainda em 2024, representando um crescimento de 20,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Entretanto, ainda que as estimativas do setor sejam positivas, é importante que a migração para nuvem não ocorra de forma precipitada apenas para que o negócio se alinhe às tendências tecnológicas do momento. Isso porque os planejamentos mal adaptados à realidade de um negócio, quase sempre implicam em frustrações e em um possível fenômeno de repatriação de dados.

Ou seja, é necessário compreender as especificidades da tecnologia em nuvem, distanciando-se da ideia de que para a migração dar certo basta uma simples replicação do ambiente físico no online.  

A migração para a nuvem está além desse cenário, envolvendo conhecimento técnico, de negócio e de oportunidade. Neste artigo vamos te mostrar como fazer isso através do seguinte roteiro:

• Quais as tendências em migração para a nuvem nos próximos anos?
• Por que a migração para a nuvem é essencial para o meu negócio?
• Benefícios da Migração para a Nuvem
• Quais os tipos de migração para a nuvem?
• Como fazer a sua migração para a nuvem agora!

Boa leitura! 

Quais as tendências em migração para a nuvem nos próximos anos?

A migração para a nuvem é uma das alternativas mais rentáveis para organizações que desejam atualizar sua infraestrutura de TI sem abrir mão da segurança e do controle de seus negócios.

De forma geral, migrar para a nuvem é investir no desafogamento de data centers físicos, na possibilidade de uma gestão de dados e informações mais democrática e em uma operação alinhada às novas regulamentações e marcos digitais. 

A nuvem refere-se a um ambiente virtual acessível por meio da internet, no qual dados e serviços podem ser armazenados, gerenciados e processados em uma espécie de “terceirização” de recursos. 

É como se você alugasse um espaço de armazenamento em um prédio de alta segurança, ao invés de manter todos os seus arquivos importantes em gavetas dentro do seu escritório. 

Neste exemplo você não precisaria se preocupar com o espaço físico, a manutenção ou a segurança, pois tudo seria gerenciado por especialistas que garantem que seus dados estejam sempre disponíveis e protegidos. 

Ou seja, ao migrar para a nuvem, a empresa centraliza as suas informações e funcionalidades em um local remoto (provedor), acessível a partir de qualquer dispositivo conectado à rede, sem depender de espaços físicos robustos para guardar e proteger seus servidores físicos.

Assim, como o armazenamento de dados e da operação das empresas passa a ocorrer no ambiente cloud, há a possibilidade de fortalecer o anywhere access, além de uma maior segurança de backup de conteúdos importantes.

Migrar para a nuvem, portanto, significa levar as bases de dados de uma organização para provedores que "estão no ar", no ambiente virtual. 

Dessa forma, os servidores físicos são desonerados, podendo ser utilizados para armazenamentos menos custosos ou que realmente façam sentido para a operação da empresa. 

Segundo definição do National Institute of Standards and Technology (NIST), a computação em nuvem ainda pode ser definida como:

“um modelo para habilitar o acesso por rede ubíquo, conveniente e sob demanda a um conjunto compartilhado de recursos de computação (como redes, servidores, armazenamento, aplicações e serviços) que possam ser rapidamente provisionados e liberados com o mínimo de esforço de gerenciamento ou interação com o provedor de serviços.”  

Nesse sentido, a migração para a nuvem viabiliza um planejamento mais assertivo do orçamento de modelos Capex e Opex.

Isso significa dizer que empresas que fazem uso de cloud computing podem suprimir a demanda por aquisição (Capex), consequentes custos de manutenção e atualização, esforços de treinamento recorrentes, e acompanhamento de evolução da tecnologia, substituindo-o por pagamentos conforme o uso (Opex) dos ambientes computacionais customizados para os seus negócios.

Em um cenário dinâmico no qual a necessidade de adaptação rápida é constante e a Inteligência Artificial se destaca como uma tendência transformadora, a migração para a nuvem torna-se essencial.

Confira algumas tendências de migração para a nuvem dos próximos anos: 

• A líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, Gartner, também prevê que até 2028 a Computação em Nuvem passará de uma tecnologia disruptiva para se tornar medida essencial para a competitividade empresarial.
•  Gastos com serviços públicos de Nuvem devem continuar aumentando por todo o globo, ultrapassando a marca de US$ 1 trilhão até 2027.
•  De acordo com o IDC, há uma estimativa de crescimento nos investimentos em nuvem na América Latina a uma taxa anual composta de 30% ainda em 2024, com o Brasil sendo o principal mercado deste segmento.

Para que todas essas previsões encontrem respaldo na realidade, é fundamental que as migrações "lift & shift", ou seja, aquelas de simples transposição de aplicações e dados para a nuvem, sem grandes ajustes ou refatorações, abram espaço para projetos bem estruturados, capazes de visualizar a nuvem como uma possibilidade específica e exclusiva de aumentar o potencial dos negócios. 

Por que a migração para a nuvem é essencial para o meu negócio?

Como já abordamos anteriormente, migrar para a nuvem representa mais do que uma tendência tecnológica. Trata-se de uma necessidade estratégica para empresas que buscam a manutenção dos seus resultados a longo prazo.

A migração para a nuvem proporciona uma série de benefícios que vão desde a redução de custos operacionais até a possibilidade de inovação contínua.

Benefícios da migração para a nuvem

1. Escalabilidade e flexibilidade

A capacidade de escalar uma operação rapidamente é essencial para empresas, sobretudo aquelas que enfrentam picos de tráfego, como os e-commerces durante promoções sazonais

É nesse contexto que se estabelece uma das maiores vantagens da utilização de recursos cloud: a possibilidade de aumentar ou diminuir a capacidade de armazenamento e processamento de dados de um negócio conforme demanda de cada um deles. 

Ou seja, ao migrar para a nuvem você não precisa investir em uma infraestrutura física super robusta, ou se preocupar com limitações em períodos de alta demanda. A nuvem é flexível, permitindo que esse ajuste se dê com facilidade mesmo diante da imprevisibilidade. 

2. Redução de Custos (Capex vs. Opex)

Ao migrar para a nuvem, a empresa reduz investimentos em infraestrutura física (Capex) e passa a adotar um modelo baseado em pagamento por uso (Opex).

Assim, há um controle financeiro mais eficiente, já que o pagamento é realizado conforme o consumo. 

Além disso, os custos com manutenção e atualização de hardware são eliminados, uma vez que o provedor de nuvem é responsável por essas tarefas.

3. Segurança e conformidade

Provedores de nuvem, como AWS, Oracle, Azure e Google Cloud, investem continuamente em segurança para proteger dados críticos.

Criptografia avançada, firewalls de última geração e protocolos de segurança rigorosos são apenas alguns dos processos implementados por essas empresas para tornar a nuvem um ambiente cada vez mais seguro.

Além disso, muitas dessas plataformas já estão em conformidade com regulamentações de segurança, como GDPR e LGPD, permitindo que as empresas atendam a requisitos legais sem esforços adicionais.

Aliás, compliance e ajuste às regulamentações digitais são um dos principais desafios das empresas modernas. A nuvem é uma aliada para superar esses obstáculos, pois oferece soluções robustas de segurança, privacidade e conformidade.

4. Acesso remoto e mobilidade

Com a nuvem, dados e aplicativos podem ser acessados de qualquer lugar (anywhere access), a partir de dispositivos com conexão à internet.

Na prática, essa característica facilita o trabalho remoto e melhora a colaboração entre equipes distribuídas geograficamente. 

Em um cenário onde o trabalho híbrido se torna cada vez mais comum, essa flexibilidade é um diferencial competitivo interessante.

5. Inovação acelerada

A migração para a nuvem também possibilita acesso a tecnologias emergentes, como Inteligência Artificial, Machine Learning e Internet das Coisas (IoT).

Com isso, as empresas podem desenvolver soluções inovadoras mais rapidamente, sem a necessidade de investimentos em hardware especializado.

A capacidade de inovação pode ser o diferencial para a conquista de novos mercados.

Como funciona a migração para a nuvem na prática

A migração para a nuvem pode envolver diferentes estratégias, como:

• rehosting (lift & shift) - transferência direta de aplicativos para a nuvem sem alterações significativas; 
• replatforming - ajuste de componentes para a otimização no ambiente cloud sem reescrever o código;
• refactoring - modificação completa de aplicações para aproveitar ao máximo as vantagens da nuvem, entre outros exemplos; 

Independentemente do modelo escolhido, o que define o conceito da migração para a nuvem em todos eles é o “transporte” de uma base de dados de um ambiente físico para outro online.

Com a tecnologia Oracle, por exemplo, esse processo pode se dar de algumas formas principais: 

• a partir de métodos on-online, os quais permitem que as aplicações permaneçam operacionais durante a migração. Nesta hipótese, após um carregamento inicial de dados mais antigos, aqueles mais recentes passam a ser capturados em tempo real, para, depois, serem aplicados de forma incremental no banco de dados de destino. Após esse processo, em um momento ideal, há a alternância final de ativos e o banco de dados de destino (ou migrado) se transforma no banco de dados operacional. 
• ou a partir de métodos off-line, nos quais as aplicações não ficam operacionais ao longo do processo e o banco de dados é migrado através de uma operação. 

Entre essas duas possibilidades, há ainda uma diferenciação entre os modelos de migração física e lógica que poderá ser aplicada de acordo com o objetivo da sua empresa. Veja essas diferenças na tabela abaixo: 

Método Físico Oracle	Método Lógico Oracle
Baseado em recursos de recuperação tolerantes a falhas de tempo de inatividade mínimo a zero.	Baseado em recursos de exportação e importação mais flexíveis.
Mais rápido.	Mais flexível.
Requer que os bancos de dados de origem e destino compartilhem características idênticas, como versões ou conjuntos de caracteres.	Permite diferenças de configuração e versão do banco de dados à medida que os dados são migrados da origem para o destino.
Ferramentas Recovery Manager e o Oracle Data Guard.	Ferramentas Oracle Data Pump e o Oracle GoldenGate.
Lê e restaura dados por blocos de armazenamento, retendo lacunas dentro dos arquivos de banco de dados.	Registros são gravados de forma contígua, eliminando as lacunas.
Eficiente para a velocidade de backup/recuperação.	Espaço contíguo para minimizar leituras aleatórias.

Assim, além da compreensão dos diferentes modelos de migração em nuvem, o sucesso desse investimento em uma empresa requer a execução de um planejamento detalhado, que envolva o mapeamento das necessidades específicas do negócio, a avaliação dos ativos existentes, a análise das aplicações e a categorização dos dados.

Tal levantamento é crucial para determinar o modelo de migração mais adequado, para maximizar a eficiência, além de reduzir custos e riscos durante a transição. 

Definir a estratégia de migração de forma alinhada aos objetivos da empresa não só facilita a integração ao ambiente cloud, como também potencializa o retorno sobre o investimento. Até porque migrar para a nuvem também significa ter acesso a diversas soluções de infraestrutura cloud, como:

• Processamento
• Armazenamento
• Rede e Conectividade
• Segurança, Identidade e Conformidade
• Banco de Dados
• Analytics, Big Data e Data Science
• Desenvolvimento de Aplicações
• Devops
• Tecnologias Emergentes
• (IA, Blockchain, Assistente Digital)

Como fazer a sua migração para a nuvem agora

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